quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Comunidade LGBT em ascensão nos esportes de lutas pelo mundo



Sempre temidos no mundo do MMA e mais duros adversário dos brasileiros adeptos do Jiu Jitsu, desde o início do UFC até os dias de hoje, os Wrestlers norte-americanos agora dispõem de uma liga LGBT para a promoção e desenvolvimento do wrestling olímpico (nos estilos livre e greco - romano), além do ´beach wrestling´ e do ‘no gi’ Grapling (submission) conforme os moldes definidos pela WWB & FILA.



A organização, sem fins lucrativos, se chama Wrestlers WithOut Borders (WWB), ou Wrestlers Sem Fronteiras, em Português. Seu Fundador é Gene Dermody, o ‘padrinho do Wrestling LGBT’ que organizou as competições do Gay Games, em Agosto de 2014, na cidade de Cleveland, Ohio, EUA.



O Wrestling é o único esporte que foi oficialmente sancionada nos Gay Games desde a sua criação em 1982, na cidade de San Francisco. A competição é realizada a cada quatro anos.


Um dos objetivos da liga é criar uma zona de conforto para que mais atletas LGBT que ainda não assumiram a sua opção venham a fazê-lo. Para tanto, eles também contam com o apoio da USA Wrestling.



Os próximos Gay Games acontecerão em 2018 na bela cidade de Paris, na França, com os torneios de luta livre programados para os dias 5 e 7 de agosto. Mas estes casos não se resumem às competições de lutas agarradas. Em outras modalidades os lutadores também estão ‘saindo do armário’.



Orlando Cruz, de Porto Rico, foi o primeiro boxeador a assumir publicamente sua homossexualidade. O pugilista, inclusive, já disputou o título de campeão mundial dos pesos penas válido pela Organização Mundial de Boxe (OMB) contra o mexicano Orlando Salido, em Las Vegas, em outubro de 2013. Um dos melhores lutadores de todos os tempos foi além: “Eu não acho que exista preconceito, mas tem muitos homossexuais no MMA. Tem muitos gays que ainda não saíram do armário”, disse, em entrevista à revista Trip, derrubando o mito de que não existem homossexuais no mundo da luta.



No MMA norte-americano, o técnico de uma das equipes mais vencedoras no UFC - e cujo nome, obviamente, não iremos citar - revelou que dois atletas treinados por ele são gays.


Mas o caso mais notório no MMA é o de Fallon Fox (Nascido Boyd Burton), o transexual tem entre seus detratores, o comentarista do UFC Joe Rogan e o lutador do Bellator Matt Mitrione.


Ronda Rousey, ex-campeã da categoria peso galo pela divisão feminina do UFC afirmou que Fox levaria vantagem sobre as mulheres da divisão por ter “a mesma estrutura óssea de um homem”.



Após polêmica com algumas Comissões Atléticas Estaduais, Fox afirmou que continuará competindo no MMA e que está dentro das regras de organizações tais como o Comitê Olímpico Internacional (COI) para transexuais pós-operatórios. No ano de 2014, Fox foi introduzida no Gay and Lesbian Sports Hall of Fame Nacional.



Presidente do Jungle Fight, maior evento do Brasil e América Latina, Wallid Ismail afirma que não pode haver espaço para machismo: “No MMA também tem homossexual. Conheço um que tem até namorado. E ele é casca grossa, cumpre o papel de lutador”, revela o empresário.



Agora, a comunidade LGBT pode se sentir representada e escolher seus atletas favoritos nas várias competições de lutas pelo mundo, sejam estas de Wrestling, Boxe ou mesmo MMA.

Fonte / Créditos : Colaborador Oriosvaldo Costa

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Foto : O ' flyer ' dos jogos mundiais da diversidade, de 4 à 12 de agosto de 2018, em Paris, França. . ( Cortesia Compete Magazine ).

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