sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Atual fase do Brasil no UFC é preocupante



Em 2018 o Brasil soma resultados positivos e vitórias, mas o fato de existir uma escassez de sucessos em lutas principais pesa muito. Luta principal é luta principal. É a mais esperada, a mais vista, a que mais repercute. Logo, resultados positivos em card preliminar ou nas primeiras lutas do principal não causam o mesmo impacto que o de uma luta principal. Justiça seja feita, Amanda Nunes e Cris Cyborg são nossas campeãs na maior organização de MMA do mundo. E temos também jovens talentos em ascensão em suas categorias. Seria o caso de Paulo Costa (Borrachinha)? Vale a torcida para que, de fato, um novo astro brasileiro no UFC possa estar a caminho. O caso é urgente.

Por volta de 2011, quando a grande mídia passou a transmitir os eventos do UFC durante a madrugada, pareceu que mais uma receita de sucesso aconteceria entre um esporte dominado pelo Brasil e uma boa transmissão. Os brasileiros estavam voando no MMA e colecionando cinturões. Nessa época, Anderson Silva defendia o cinturão com facilidade arrasando os adversários no peso médio, José Aldo era o incontestável campeão dos peso-pena, Junior Cigano dos Santos se tornaria dono do cinturão dos peso-pesado e Renan Barão viria a ser campeão interino da categoria peso-galo no ano seguinte. O Brasil teve, ao mesmo tempo, quatro cinturões dos oito existentes. Além disso, também era perceptível a participação de Vitor Belfort, Wanderlei Silva, Fabrício Werdum, Lyoto Machida, Rafael dos Anjos, Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro. Faziam lutas regulares e importantes, e eram sempre especulados para a luta pelo cinturão de suas categorias.

Mestre Evilázio Feitoza comenta :

“Na minha análise está tendo uma ‘queima de talentos’ no MMA. Alguns treinadores de equipes se precipitam na estreia dos jovens lutadores em eventos de grande porte e de elevado nível técnico. Por exemplo: Não se pode avançar etapas no futebol, um jovem jogador quando é vendido para os grandes clubes das grandes ligas ainda passam por um período de adaptação antes de jogarem uma partida inteira. A forma de tentar se igualar e superar os problemas da falta de estrutura na formação de jovens talentos em nosso país seria então promover mais lutas amadoras! Acredito que assim os atletas conseguiriam gradativamente superar o nível dos futuros adversários e dominar com mais naturalidade a pressão depois de derrotas. Hoje os atletas da considerada ‘nova geração’ chegam mais rápido para o MMA, não precisando passar por período de adaptação em outras modalidades, como por exemplo o atleta de jiu-jitsu que teve que amadurecer sua forma de lutar em pé”.

Evilázio finaliza comentando sobre o problema de infraestrutura para os atletas no Brasil. “A infraestrutura pesa muito, e os atletas tem poucos recursos para treino e pouco investimento na carreira. Eles em sua maioria têm que acabar indo para os EUA para conseguir o treinamento em alto nível”.

Notas .:
[ * ] Dados complementares: terra.com.br
[ ** ] Assessoria de Imprensa Fighter Sport/Evilázio Feitoza: Léo Capibaribe
[ *** ] Colaboração : Oriosvaldo Costa | 31/08/2018
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Foto acima : Atleta Yuri Dantas em ação no MMA ( Acervo: Evilázio Feitoza ).

Abaixo : Grão Mestre Evilázio Feitoza ministrará seminário em Barcelona, no dia 10 de outubro. Ele é ‘Coach’ de várias estrelas dos maiores eventos de artes marciais do planeta ( Cortesia : Divulgação ).


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