sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Artigo : É preciso união para “normatizar” o MMA nacional



Eu não concordo quando os repórteres do site UOL dizem que o MMA não é considerado um esporte pela lei brasileira.
Uma vez que esta já tem a sua Confederação, sendo portanto, oficial.
Aliás, o MMA possui mais de uma Confederação.

Outro porém é que o Ministério do Esporte já declarou, em anos anteriores, que o MMA é sim, um esporte. Pelo que consta,isso foi dito em nota.

Se o MMA não é esporte, então também não é, nem o Jiu Jitsu, nem o Muay Thai, nem o Boxe, nem o Judô, ou nenhuma outra arte marcial ou esporte de combate em solo brasileiro.

Portanto, o MMA já cumpriu todos os trâmites legais e criou todas as entidades possíveis para o seu regimento, desde associações, ligas e federações estaduais até chegar às confederações.

Parece que o único intuito dos jornalistas do UOL é criar polêmica, visto o teor alarmista e sensacionalista.

Percebe-se isso pelo teor da matéria que deverão publicar na segunda-feira e que será intitulada : "tragédia final", na qual deverão citar mortes acontecidas durante ou após competições. Fomos informados por uma "fonte" que eles irão citar uma trágica morte ocorrida em um evento de Muay Thai. Mas não deveriam faze-lo, pois a série de artigos não trata do Muay Thai e sim, do MMA.

Ou o que importa é simplesmente chocar a opinião pública ?

O que precisa ser feito é moralizar a promoção de eventos de MMA, mas dizer que este não é considerado um esporte pela lei brasileira, é contribuir cada vez mais para a desinformação dos leigos e aumentar o preconceito dos detratores da modalidade.

Até porque muitos desses eventos contam com o apoio de prefeituras e governo estadual, e os políticos não iriam apoiar uma atividade ilegal, seria o mesmo que patrocinar "briga -de -galo".

Já o projeto de lei de autoria do então Deputado Acelino "Popó" Freitas, ou foi mal redigido ou está sendo mal interpretado. Não faz sentido o mesmo regulamentar a prática do MMA, pois isso já é regulamentado. O que o referido projeto de lei pode - e deve - é regulamentar a promoção de eventos de MMA no Brasil, exigindo melhores condições de segurança e infra-estrutura dos mesmos para a sua realização.

Enquanto isso não acontece, os órgãos responsáveis pela normatização do esporte devem fiscalizar os eventos, mas cientes de que as suas respectivas entidades não são as únicas capazes e competentes para tal, uma vez que existem outros órgãos constituídos para homologar e fiscalizar o desporto.

O que não pode acontecer é a realização de uma competição sem a sanção de nenhuma entidade, quais sejam uma associação, liga, federação, comissão, conselho ou confederação que regem o MMA.

Mas até mesmo uma confederação de karatê poderá sancionar uma competição destas, desde que a mesma conte com um departamento de MMA, o qual deverá ser composto por pessoas com experiência comprovada no meio.
Segundo me informou um dirigente, isso é possível graças à Lei Pelé e ao Código Civil.

Até mesmo o Sr. Rafael Favetti, "Chairman" da Comissão Atlética Brasileira de Mixed Martial Arts (CABMMA ) é favorável ao modelo descentralizado e livre da organização do MMA brasileiro ( leia-se mais de um orgão responsável pela sanção do desporto ).

Eu não estou aqui defendendo os eventos ditos "ilegais", até porque acredito que é possível buscar a normatização dos mesmos e que, com um bom planejamento, será viável a realização de melhores shows dentro da realidade de cada um.

Como bem disse o Deputado Federal Fábio Mitidiere ( PSD-SE ) atual presidente da Subcomissão Permanente das Artes Marciais Mistas ( MMA )
: “Nossa ideia não é interferir nas regras da luta, que já existem e são mais ou menos as mesmas em todo o mundo. O que queremos é criar as regras mínimas para a realização destes torneios.”

Ao final de tudo, imagino que os jornalistas do UOL Esporte aproveitaram-se da "briga de egos inflamados" de alguns dos "maiores dirigentes do MMA nacional" para jogar ainda mais "lenha na fogueira".
Agora, dizer que o MMA não é considerado um esporte pela lei brasileira é forçar demais a barra.
Uma vez que já existe até mesmo um Superior Tribunal de Justiça Desportiva do MMA - cujo presidente é Marcelo Sedlmayer - qual seria a função do mesmo se a modalidade fosse "ilegal" ?

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