Macau é a Las Vegas do oriente.
É a capital mundial do jogo no continente asiático e um dos principais polos dos esportes motorizados, mas a partir de meados do próximo ano uma outra semelhança entre ela e a cidade dos cassinos do deserto de Nevada se fará notar.
Macau receberá no final de Maio, as finais da edição inaugural da Liga Mundial de Boxe Amador por Equipes, uma competição de nível mundial com início agendado para 19 de Novembro.
Durante os próximos seis meses, os melhores pugilistas “amadores” do mundo vão lutar por um lugar nos combates decisivos da competição.
A ideia da criação de um novo circuito mundial surgiu há dois anos no meio da Associação Internacional de Boxe Amador (AIBA), mas só este ano estão reunidas as condições para avançar com uma competição que de amadora só tem o nome.
O novíssimo “World Series of Boxing Team Event” aproxima mais do que nunca o pugilismo amador do pugilismo profissional, numa manobra que procura tirar proveito do momento “não tão bom” que está atormentando os avanços do Boxe profissional.
O domínio dos irmãos Vitali e Vladimir Klitschko nos circuitos profissionais da modalidade roubou espontaneidade aos certames organizados tanto pelo Conselho Mundial de Boxe quanto pela Organização Mundial da modalidade, tornando-os previsíveis.
Nas lutas internacionais do pugilismo amador, o que não falta é imprevisibilidade: frente a frente na competição deverão estar atletas como o italiano Clemente Russo (medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Pequim na categoria de pesos pesados), o irlandês John Joe Nevin, o mongol Enkhzorig Zorigbaatar ou o antilhano Benjey Zimmerman.
Não bastasse o alcance mundial da competição, os atletas têm pela primeira vez a possibilidade de capitalizar a passagem pelos ringues com prémios quase tão sedutores como os que são pagos nos circuitos profissionais.
Como um tal avanço não se pratica sem sacrifícios, a Liga Mundial de Boxe Amador por Equipes é o primeiro certame não profissional em que os pugilistas vão combater sem o aparato de proteção de cabeça, como ocorre habitualmente no amadorismo.
A edição inaugural do “World Series of Boxing Team Event” vai ser disputada por doze equipes, agrupadas em três conferências continentais.
A primeira edição do evento será disputada pelas formações dos Milano Thunder, dos Kremlin Bears, Paris United e Istanbulls, que disputam entre si o triunfo na conferência europeia.
A representar a Ásia no evento estarão as formações dos Astana Arlans, dos Beijing Dragons, dos Incheon Redwings e dos Baku Fire.
Pela conferência americana e para além dos Miami Gallos, alinham -se ainda equipes representativas da Cidade do México, de Memphis e de Los Angeles.
Para procurar dar uma faceta ainda mais global ao evento, os responsáveis pela AIBA tornaram obrigatória a inclusão no grupo de trabalho de cada uma das equipes, de três á seis pugilistas estrangeiros.
Em Maio do próximo ano, Macau acolhe os combates decisivos da edição inaugural da Liga Mundial de Boxe Amador por Equipes. O território será palco ao longo de dois dias de um total de cinco finais, tantas como as categorias que integram o cartaz competitivo da prova.
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