quinta-feira, 29 de março de 2018
GM Evilazio Feitoza virá de New York para seminários no Ceará
Nascido em Aprazível, Distrito de Sobral, a 230 km de Fortaleza, Evilázio Feitoza também viveu parte da sua infância na serra cearense de Tianguá. Foi nessa época que ele deu inicio aos seus treinamentos de artes marciais praticando o Karatê Shotokan.
Em sua adolescência, Evilázio mudou-se do Ceará para o estado de São Paulo, onde iniciou sua prática do Kung-Do-Te, Full Contact (versão do Kickboxing) e Contato Total Português com o mestre português radicado no Brasil Adriano Silva.
Posteriormente, ele também aperfeiçoou suas técnicas com o renomado campeão mundial de boxe, Miguel de Oliveira.
Hoje, o Grão Mestre Evilázio Feitoza é considerado um dos nomes mais importantes do estado do Ceará e também de todo o Brasil, quando se fala em Muay Thai, Kickboxing e MMA.
Sua fama também já chegou aos demais países da América do Sul, como também na Europa, Oriente Médio e Ásia, onde é sempre requisitado por suas credenciais. Seu nome já se tornou uma referência de sucesso entre os praticantes de artes marciais e esportes de contato em geral.
Como competidor Evilázio mantêm um currículo impressionante : Seis vezes campeão brasileiro (1983-1987) e seu cartel tem um registro de 37 lutas, sendo 35 vitórias. Ele já está a mais de 40 anos envolvido em artes marciais e esportes de contato.
Atualmente ostentando as graduações de 15º Khan ( Grand Master ) de Muay Thai, faixa preta 8º Dan de Kickboxing e 5º Dan em Full Contact e Contato Total Português, Feitoza também já se consolidou como um competente treinador.
Em sua jornada como 'coach' já revelou para o mundo vários atletas de alto rendimento, entre eles Thiago “Pitbull” Alves, (atualmente lutador do UFC), Paulo Guerreiro e Andrezinho Nogueira, além de já ter trabalhando com nomes do porte de Jorge Patino “Macaco”, ´The Pedro´, James Adler, Ricardo Freire, Gabriel Napão e Assuério Silva, entre outros.
Atualmente ele se mudou para os EUA e está morando em New York (Long Island, Suffolk County,). Além de dar aulas particulares, ele também leciona na academia do renomado atleta Matt Serra, um ex-lutador do UFC e faixa preta de Jiu-jitsu de Renzo Gracie.
Seu intuito é revelar novos talentos para o esporte que tanto ama, também nos EUA, mas mesmo assim, ele ainda mantêm representantes no Brasil, distribuídos nos estados do Ceará (em Fortaleza e na região do Cariri), Paraíba e São Paulo.
Assim sendo, Grão Mestre Evilázio Feitoza, que é um dos maiores nomes da ISKA ( International Sport Kickboxing Association ) na atualidade, estará vindo direto de New York, nos EUA, para o Brasil, onde irá ministrar uma série de seminários no estado do Ceará. Na oportunidade ele realizará exames de graduação e capacitação em Muay Thai e Kick Boxing.
Estamos divulgando a programação do Grão Mestre Evilázio Feitoza para os interessados . Aproveitem a oportunidade, pois as vagas são limitadas :
PROGRAMAÇÃO:
Sábado – 05 de maio
Local:
Galpão de Lutas de Maracanaú
Rua: Jutaí Magalhães, 81 – Próximo ao Frangolândia. – Maracanaú/CE
Horários:
9h – Seminário
14h – Exame de Graduação
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Domingo – 06 de maio
Local:
Academia CrossGym
Rua: República do Líbano, 1415 – Varjota – Fortaleza/CE
Horário:
9h – Seminário Técnico
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Segunda – 07 de maio
Local:
CT V8
Av. Coronel José Philomeno Gomes, 1148 – Luciano Cavalcante – Fortaleza/CE
Horário:
9h – Seminário Técnico
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Sexta – 11 de maio
Local:
SESC de Juazeiro do Norte
R. da Matriz, 227 – Centro – Juazeiro do Norte/CE
Horário:
9h – Seminário Técnico
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Sábado – 12 de maio
Local:
SESC de Juazeiro do Norte
R. da Matriz, 227 – Centro – Juazeiro do Norte/CE
Horário:
15h – Exame de Graduação
*Fonte / Créditos : Colaborador Oriosvaldo Costa
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Foto : Feitoza também realizará exames de graduação e capacitação em Muay Thai e Kick Boxing ( Cortesia : acervo pessoal Evilázio Feitoza ).
segunda-feira, 26 de março de 2018
Bare Kunuckle Boxing retornará a 02 Arena, em Londres, no mês de junho
O surgimento do boxe remonta aos séculos XVIII e XIX, na Inglaterra. Em seu nascimento, o boxe era praticado com as mãos nuas.
Foi essa forma primitiva de esporte de combate que deu origem ao boxe inglês moderno. Embora essa vertente mais antiga envolvesse dois indivíduos que lutavam sem luvas de boxe, nos dias de hoje, algumas promoções desse desporto sugerem aos atletas participantes das lutas a fazerem uso de outros materiais nas mãos, como ataduras para os nós dos dedos. Apesar de que, como o nome sugere, a modalidade seja disputada com as ´mãos nuas ´.
As regras que se aplicavam ao boxe com os ´punhos nus´ eram conhecidas como as ´Regras de London Prize´ ( Regras de Londres ), tendo estas sido promulgadas em 1838 e, mais tarde, revisadas em 1853. Por sua vez, essas regras foram inspiradas nas Regras de Broughton, que vigoravam desde 1743.
Contudo, posteriormente, começou a ser feita uma grande reforma nas regras do boxe, no intuito de por um fim a brutalidade dos combates sem luvas.
Já em 1867 houve a formulação das Regras de Queensberry, que entraram em vigor em 1872. Desde então, as lutas com os ´punhos nus´ foram sedo gradativamente abandonadas e quase foram extintas.
De lá para cá, o boxe com os ´punhos nus´ viveu à margem da sociedade apesar de não ser proibido na Inglaterra desde então, mas perdeu todo o seu encanto diante do ´glamour ´ das promoções luxuosas do boxe moderno.
Atualmente, o esporte deixou de sofrer a perseguição ilícita de alguns setores conservadores da sociedade inglesa, tendo conseguido sair dos becos e armazéns onde era praticado e também deixou de ser associada à grupos criminosos, para lotar grandes estádios e atrair lutadores de alto nível.
Hoje, o Bare Kunuckle Boxing, ou simplesmente BKB, se orgulha de ser a única empresa licenciada a promover o boxe com os ´punhos nus´ na Inglaterra.
Jim Freeman, que é o rosto do BKB, juntamente com Joe Brown, declarou recentemente em entrevista ao The National Student que o BKB mudou o esporte para melhor e que este continuará crescendo. Empolgado, chegou mesmo a afirmar que “dentro de 18 meses ou dois anos, o Bare Knuckle Boxing será tão grande quanto o MMA [artes marciais mistas] ou o boxe com luvas”.
“Queremos estar nas páginas de trás do jornal ( página de esportes ), não no meio e na frente. ” Comentou ele, em referência às páginas policias e as chamadas sensacionalistas de capa dos tabloides ingleses, espaços que o esporte costumava ser noticiado antes de ser novamente aceito pela sociedade.
Aqueles que representam o boxe com os ´punhos nus´ dizem que o esporte é tão seguro, se não mais seguro do que o boxe enluvado. Inclusive, já foi provado cientificamente que esportes de lutas sem luvas são menos prejudiciais do que suas versões modernizadas. Como exemplo, podemos citar o Vale Tudo e o MMA.
“Ter rapazes sendo espancados por doze rounds de três minutos cada e ter a água drenada do seu cérebro [ Nota .: se referindo à desidratação ] é o que cria a lesão cerebral. Nós não temos esse problema porque nossos rapazes lutam por apenas dez minutos e não temos essa exigência drástica de corte de peso. Quanto a pontuação do BKB esta é semelhante ao boxe com luvas e MMA com um máximo de 10 pontos por round. ”, Completou Freeman.
Agora, o BKB, que clama o direito de ser “a única empresa de boxe ´sem luvas´ do mundo”, estará organizando um novo show de lutas na O2 Arena, em Londres, onde já promoveu uma edição no ano passado. [ Nota .: existem outras promoções como a Bare Kunuckle Fighting, por exemplo ].
Os shows de boxe com os ´punhos nus´ acontecem também em outros países pelo mundo e, na Inglaterra, aqueles promovidos pelo BKB são realizados mesmo que sob os protestos de alguns promotores do boxe licenciado. Outros promotores, ao contrário, preferem trabalhar em conjunto com o BKB para garantir que o show seja o mais seguro possível.
Há um monte de promotores do boxe profissional que não podem obter a O2 Arena e até mesmo a diretoria britânica de controle de boxe (BBBC, na sigla em inglês) diz que não vê “motivos para se envolver ou intervir” em lutas de Bare Knuckle Boxing.
O BKB está promovendo lutas em locais com capacidade para multidões de 4.000 pessoas, agora eles vendem seus shows para grandes arenas e, como Jim citou, “temos o Estádio de Wembley reservado para o próximo ano… o crescimento será enorme”.
Toda essa movimentação já despertou o interesse de emissoras do porte da HBO para transmitir as lutas do Bare Knuckle Boxing. Também já existe um documentário sobre o esporte na Netflix.
Enquanto o boxe com os ´punhos nus´ se prepara para invadir Wembley no próximo ano, os promotores aproveitam para fazer previsões : “Eu vejo o boxe com os ´punhos nus´ sendo o próximo grande esporte de combate. Há 20 anos atrás, o MMA estava provavelmente no lugar onde estamos hoje ... Os esportes de combate estão em crescimento em todo o mundo. ” Aposta Joe Brown.
Enquanto isso não acontece, os fãs poderão ver a quanto anda a popularidade desse esporte no próximo show do BKB programado para o dia 09 de junho, na O2 Arena.
Popularidade essa que, inclusive, vem incentivado jovens talentosos e até mesmo lutadores consagrados a largar as luvas para experimentar as emoções de competir com as ´mãos nuas ´.
É o caso de Melvin Guillard, ex-UFC e atual lutador do Bellator, que destruiu Dan Breeze no show do BKB realizado em Coventry ( em 22 de abril de 2017 ).
Guillard - que viajou dos EUA para o evento - disse após a sua vitória: “Tenho sorte do Bellator me permitir participar de uma luta como essa. Eu fiz um monte de lutas de boxe com os ´punhos nus´ no quintal de casa, e foi Kimbo Slice quem me apresentou à este esporte, mas hoje foi como se fosse minha primeira luta nessa modalidade”.
E ao que parece o próximo show do BKB, que como já citamos, será realizado dia 09 de junho na O2 Arena, também contará com a participação de um outro lutador de MMA.
Trata-se do veterano Shannon “The Cannon” Ritch ( 47 anos ) , que ostenta um registro no Sherdog composto por 57-84-4.
Apesar de competir profissionalmente no MMA e ser detentor de um dos maiores cartéis sancionados da modalidade em todo o mundo, Shannon também já participou de lutas de boxe com os ´punhos nus´, esporte pelo qual também demonstrou ter enorme paixão :
“Eu amo o boxe com os ´punhos nus´ ! É a forma mais verdadeira de combate que existe. É o que eu gosto de chamar de a ´VERDADEIRA TÉCNICA BOXE´, você tem que atacar com técnica e não com tanta energia. Você não tem luvas para proteger as mãos, um erro e você pode quebrar sua mão.
Eu sinto que o Bare Knuckle Boxing continua sendo muito popular mesmo depois de mais de 100 anos e mesmo sendo uma promoção ´Underground´ aqui nos EUA por todo esse longo período. Agora ele tem a chance de ser mostrado para todo o mundo. Eu sinto que o Bare Knuckle Boxing vai explodir assim como o MMA fez no início dos anos 90, quando começou o UFC. ” Declarou Shannon, em entrevista.
O adversário de Shannon será anunciado nos próximos dias.
*Fonte / Créditos : colaborador Oriosvaldo Costa
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Foto : Shannon “The Cannon” Ritch estará em ação no dia 09 de Junho, na 02 Arena, em Londres ( Cortesia acervo pessoal Shannon Ritch ).
sábado, 24 de março de 2018
As três melhores histórias de amor do ONE Championship
O amor é um sentimento difícil de se descrever e ele vem quando menos esperamos, muitas vezes de formas inesperadas. Algumas pessoas passam a vida inteira à procura de “um” grande amor enquanto outras encontram “muitos” amores durante toda a vida, vários deles, instantaneamente.
No mundo do MMA não é diferente e para ilustrarmos isso trouxemos algumas das histórias de amor mais fascinantes do ONE Championship.
Martin e Brooke Nguyen
O campeão mundial em duas categorias de peso Martin "The Situ-Asian" Nguyen é um competidor feroz dentro do ´cage´, mas possui uma alma suave e terna fora da arena. Por trás dos nocautes devastadores e das habilidosas finalizações existe um homem nutrido por um amor que o mudou .
Ele conheceu sua futura esposa apenas alguns dias antes de completar 17 anos de idade.
A tímida Brooke precisou da ajuda de um amigo para obter o número do telefone de Nguyen, quando eles se conheceram onze anos atrás em um shopping center.
No entanto, uma vez que chegaram à conversar, eles se apaixonaram instantaneamente.
Aos poucos, Brooke passou à domesticar o coração de Nguyen, ainda um adolescente rebelde. E, após o nascimento de seu primeiro filho, ele amadureceu completamente tanto para sua esposa quanto para sua nova família.
“No começo, tudo o que importava era sair com os meus companheiros”, admite martin. “Mas então ela se tornou a única pessoa que eu tinha que cuidar, e posteriormente meu filho também fez. Isso fez com que eu me tornasse um homem maduro”.
Foi assim que Brooke e seus três filhos se tornaram sua principal motivação, e o amor alimentou o sucesso de Nguyen.
Martin "The Situ-Asian" Nguyen lutará com o brasileiro Bibiano Fernandes no ONE Championship dia 24 de março na Tailândia. E não há dúvida de que sua família o manterá motivado para essa próxima luta.
Angela Lee e Bruno Pucci
A promissora carreira nas artes marciais mistas de Bruno Pucci foi limitada por lesões que o afastaram do ´cage´.
Ao se recuperar de uma dessas lesões no Brasil-seu país de origem-em maio de 2015, ele viu uma garota de nome Angela Lee, ( a futura campeã mundial do peso átomo ) fazer sua estréia profissional no ONE Championship.
Quando ela caminhava para o ´cage´ do ONE Championship, ele ficou hipnotizado.
“O que me chamou a atenção foi que ela usava a mesma música que eu, o ´Hall of Fame´ do Script, ” lembra Pucci. “Eu assisti a sua luta e ela ganhou por chave de braço, e eu fiquei realmente impressionado com o desempenho dela”.
Os dois logo se encontraram no ginásio do Evolve MMA . Pucci retornava como um instrutor, e Lee se juntou à academia como membro da Evolve Fight Team. Eles passaram bastante tempo juntos no tatame, e conversaram com bastante frequência. Logo estavam namorando.
Então, em 2017, depois de um jantar romântico, Pucci levou Lee para os Jardins Botânicos de Singapura para lhe fazer uma pergunta.
“Eu a sentei no banco e eu disse: 'Eu tenho algo para lhe dizer. Eu não quero mais que você seja minha namorada”, lembra ele, o que inicialmente fez com que Lee se assustasse. “E antes que ela ficasse com raiva, fiquei de joelhos e pedi-lhe que se casasse comigo. Ela disse que sim, sorriu, chorou, e foi muito legal. Confessou Bruno.
Apesar de Lee ter concordado, foi só depois que a família dela deu sua benção, que os dois anunciaram oficialmente seu noivado via Instagram .
O mais incrível ainda foi quando Danny O'Donoghue , cantor principal do The Script, descobriu que Lee e Pucci ficaram juntos devidos à música de sua banda. Ele disse: “Que grande história. Fico feliz que nossa música deu uma pequena mão para unir esse casal. Impressionante. ”
Rika Ishige e Shannon Wiratchai
Como inúmeros outros, o desafiante ao título dos leves Shannon "OneShin" Wiratchai foi atingido pelo cupido desde a primeira vez que viu Rika "Tinydoll" Ishige durante um evento em uma academia de Aikido.
Embora o peso leve tenha sido atraído por Ishige , ela não lhe deu muita atenção no inicio, pois estava inteiramente concentrada em seus deveres durante a noite na academia. Ele até mesmo enviou uma solicitação de amizade para ela pelo Facebook, e ela rapidamente o bloqueou.
Dois anos depois, “Tinydoll”, procurou “OneShin" para o treinamento de MMA para que ela pudesse se tornar uma profissional. Ao longo do tempo, quando os dois passaram mais e mais tempo juntos no tatame, eles finalmente começaram a namorar.
Agora, eles são inseparáveis e amam a companhia um do outro, tanto dentro como fora da academia.
“O que eu mais gosto em Rika é que ela está sempre sorrindo”, revela Wiratchai . “Ela gosta da vida de atleta porque ela está fazendo o que ela ama. Nós somos semelhantes nesse aspecto, e é isso que eu mais gosto dela”.
“O que eu mais gosto no Shannon é quando ele não está competindo no ´cage´, ele é muito engraçado e não é muito sério”, afirma Ishige. “Ele é divertido e ele entende perfeitamente a arte da comunicação. Estou feliz por estar com ele”.
*Fonte / Créditos : colaborador Oriosvaldo Costa
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Foto : Muitos pedidos de casamento já foram feitos e aceitos nos octógonos de MMA pelo mundo, mostrando à todos que, realmente, “os brutos também amam”. ( Cortesia : Fábio Rocha / GShow / purepeople.com.br ).
terça-feira, 20 de março de 2018
Pancrase deverá promover evento em Las Vegas em agosto deste ano
Segundo evento de MMA mais antigo e contínuo do mundo, o Pancrase – que iniciou suas promoções de shows de lutas em Setembro de 1993, portanto meses antes do primeiro UFC – está sendo considerado por alguns especialistas como uma das maiores promoções do Japão, na atualidade.
Recentemente, Masakazu Sakai, Presidente e CEO do Pancrase, anunciou as novidades do tradicional show japonês de MMA para este ano.
2018 marca o 25º aniversário da franquia, e os dirigentes do Pancrase já se reuniram com os representantes do DEEP e Shooto, outras organizações tradicionais de MMA daquele país asiático, com vistas a participação de alguns dos seus lutadores durante as comemorações de aniversário do Pancrase.
A maior surpresa do ano, contudo, ainda é passível de confirmação. Trata-se da ‘provável’ estreia dos shows da organização em Las Vegas, Nevada, USA, cidade classificada como ‘a capital mundial das lutas’.
Os eventos do Pancrase já são exibidos no “UFC Fight Pass”, sistema pago e distribuído no formato “on-line” que é operado pelo UFC e, naturalmente, já conta com muitos espectadores na terra do Tio Sam.
Se o show nos EUA for mesmo realizado, o Pancrase se firmará como a quarta organização japonesa a promover suas edições naquele país, seguida pelo K-1 (1998), Rings (2000) e PRIDE (2006). Apesar de que o Pancrase já realizou uma etapa internacional no Havaí, EUA, em 2015.
A grande maioria dos shows do Pancrase foi realizada no Japão (mais três na Austrália, dois na Coreia do Sul, um na Inglaterra, e o já citado Havaí).
Até a presente data que escrevo este artigo (Março de 2018), o Pancrase já promoveu 338 eventos (286 da série mais edições especiais).
O show de estreia do Pancrase em Las Vegas deverá ser realizado em Agosto.
*Fonte / Créditos : Colaborador Oriosvaldo Costa
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Foto : O Pancrase é uma organização de MMA fundada no Japão pelos wrestlers profissionais Masakatsu Funaki e Minoru Suzuki em 1993, meses antes do surgimento do UFC.
sexta-feira, 16 de março de 2018
Entrevista com Jackson Velasco : o retorno do guerreiro Manauara
“O couro come no coração da selva amazônica !”
“Só os mais fortes lutam no norte !!”
Se você é um fã ´Hardcore´ de MMA ou já teve a oportunidade de prestigiar um evento da modalidade na região norte do Brasil deve ter escutado as expressões acima ao menos uma vez na vida.
Sim, o Rio de Janeiro é o berço consagrado de alguns dos maiores lutadores, mas é a cidade de Manaus, no norte do país, que está promovendo o maior número de competições de MMA.
A capital do estado do Amazonas também foi durante muito tempo o 2° maior pólo de Jiu-Jitsu do Brasil e daí para a popularização do MMA foi um passo.
A cidade de clima quente e úmido também pode incitar a busca pelas fortes emoções, o que também poderia justificar o gosto dos manauaras pelo esporte que mais cresce no mundo.
As hipóteses para o sucesso do esporte por lá variam, mas o certo é que os guerreiros amazonenses podem escolher onde vão lutar. É evento em várias cidades do estado.
Na entrevista a seguir, apresentamos aos nossos leitores um dos maiores nomes do estado do Amazonas no MMA.
O bombeiro civil Jackson de Paula Velasco é atleta profissional de MMA, professor de boxe e faixa preta de luta livre.
Leia na íntegra :
1) Jackson Velasco, para começar fale-nos quando foi o seu inicio nas artes marciais, graduação e modalidades de luta. Também cite o nome de alguns dos seus professores.
Jackson Velasco : Meu inicio nas artes marciais foi em 1997 com o mestre Totonho Aleixo da Luta livre , que até hoje é meu mestre, já fazem 21 anos. Em 2002 eu comecei no boxe com o prof. Abraão no CT Pantera Negra. Também estou com ele até o dia de hoje e mantenho filiais tanto da Luta Livre quanto do CT Pantera Negra.
2) Como aconteceu a sua participação no ADCC ?
Jackson Velasco : Foi no primeiro ADCC feito aqui em Manaus, quando meu mestre Totonho não me autorizou a lutar na categoria profissional, só na intermediário, a qual acabei vencendo. Já no segundo dia de competição o dono do evento me autorizou a lutar no profissional, eu lutei na categoria absoluto máster profissional e acabei sendo campeão.
Assim sendo, são estes os meus títulos na luta livre : bi campeão brasileiro de luta livre, bi campeão da copa do Brasil de luta livre, campeão do campeonato norte e nordeste de luta livre, 5 vezes campeão amazonense, sou campeão do ADCC na categoria intermediário e campeão no absoluto profissional do ADCC.
3) Além disso, você também é um competidor de MMA. Em que ano aconteceu a sua estreia e por que você optou por essa modalidade?
Jackson Velasco : Minha estreia no MMA foi em 2014 no evento Strike Combat e eu lutei na categoria 77 kgs. Era dificil bater esse peso na época, eu já treinava com o Balby e o Laércio há 3 anos na Off MMA e também já representava o CT Brunocilla.
Recentemente eu tinha voltado à lutar na categoria até 77 Kgs, mas porque eu já ficava no peso, porém a minha nova categoria é 70 Kgs. Meu cartel no MMA é de 8 lutas, 7 vitória e 1 derrota, sendo que 6 das minhas vitórias foram por nocaute.
Mas, infelizmente, no meu Sherdog só estão registradas 5 lutas, falta a última do dia 3 de Março e eu estou lutando pra pôr as outras duas lutas que faltam também.
4) Você é um atleta bastante eclético, pois também compete no boxe. Em que ano se deu a sua estreia nas competições da nobre arte ?
Jackson Velasco : A minha estreia no boxe foi em 2006 quando eu ainda tinha 106 Kgs e um dos professores de boxe do CT Pantera Negra chamado José Emir resolveu acreditar em mim. Eu ainda era um aluno de boxe e ele me disse que eu seria um bom boxeador e também um bom lutador de MMA. Ele não chegou a ver a minha estreia no MMA, pois faleceu em um acidente de caminhão. Hoje eu tenho uma academia chamada academia José Emir de boxe e artes marciais em homenagem à ele.
Em meu cartel de boxe eu tenho 10 lutas de boxe amador e nenhuma derrota, 6 lutas de boxe semi-profissional, sendo 3 vitória e 3 derrotas.
5) Você se define como um competidor de boxe que treina MMA como complemento ou como um competidor de MMA que busca um complemento no boxe ?
Jackson Velasco : Hoje eu me defino assim : Se eu tenho uma luta de boxe eu me defino como um lutador de boxe, mas vindo do MMA. Se eu tenho uma luta de MMA eu me defino como um lutador de MMA, competindo dentro do MMA, mas voltado para o boxe. É sempre bem eclético as coisas.
As pessoas sempre olham pra gente e dizem : “o cara tem 38 anos. Já está velho”.
Mas os resultados do meu trabalho mostram que não é bem assim. Minhas derrotas no boxe e minha única derrota no MMA foram quando eu estava com o joelho estourado.
É até difícil falar sobre isso, mas é sempre pela fé e Deus. É sempre eu e Deus.
6) Falando nisso ... Ano passado você sofreu uma lesão no joelho, uma das mais temidas pelos praticantes de esportes em geral. É verdade que você lutou lesionado ?
Jackson Velasco : Sim. Foi em Março do ano passado, antes da cirurgia. Lutei boxe no evento Circuito Regional de Lutas Mistas. Lutei com o joelho estourado e perdi por pontos para o atleta Lucas Silva em disputa de cinturão.
7) Depois disso você operou o joelho e teve uma excelente recuperação. Como foi a sua volta às competições ?
Jackson Velasco : Bem, 3 meses depois da cirurgia no joelho eu fiz uma luta de boxe para ver como eu estava. Foi uma disputa com 5 rounds e valendo um cinturão. E 5 meses depois eu voltei à lutar MMA. E na sequência já com 8 meses depois da cirurgia eu lutei outra vez.
8) Poderia nos falar mais sobre essas lutas de boxe após a sua cirurgia ?
Jackson Velasco : A primeira foi em Outubro do ano passado, já estava com 3 meses que eu tinha feito a cirurgia do joelho e lutei no evento NAKSU THAI em luta válida pelo cinturão até 81 kgs. Acabei perdendo por pontos para o atleta Benegildo Souza.
Minha última luta de boxe foi em Novembro já na categoria até 73 kgs e eu também perdi por pontos para o atleta Júlio Pereira, no evento Pitbull combate, que aconteceu na cidade de Borba.
9) Quanto ao MMA você já voltou à competir em alto nível ?
Jackson Velasco : Sim, eu já voltei à lutar no MMA e já fiz duas lutas depois que eu fiz a cirurgia. Venci Lucas Lima por nocaute e venci Diego Imortal por finalização. Ambas as lutas foram no Mr. Cage Championship MMA, evento que conquistou o maior prêmio do MMA brasileiro, o “Prêmio Osvaldo Paquetá” que também é conhecido como o “Oscar do MMA nacional”, na categoria “melhor evento não televisionado do ano 2017”. Então, sim, eu já voltei à competir no MMA de alto nível.
10) Você está com alguma luta de MMA marcada para os próximos meses ?
Jackson Velasco : Sim. Atualmente eu tenho duas lutas marcadas de MMA, uma dia 6 de Abril que será válida pelo cinturão do Amazon Championship na categoria até 77 kgs, aqui em Manaus e dia 5 de Maio eu luto o Nauas Combat em Cruzeiro do Sul, no Acre, na nova categoria até 70 kgs e depois dessa luta, não quero mais lutar aqui em Manaus. Meu foco será em lutar fora do Brasil.
11) Quais são os seus planos para o futuro ?
Jackson Velasco : Eu não almejo o UFC, eu almejo fazer lutas internacionais de MMA, eu almejo ser um grande exemplo para as crianças, para os meus alunos. A minha academia é um projeto social onde a gente não cobra nada e já está em andamento fazem 4 anos e desde que eu fiz a minha estreia no MMA eu venho com esse sonho de ser um exemplo para as crianças.
12) Algo mais a dizer ? Gostaria de agradecer aos seus patrocinadores, parceiros de treinos, mestres, amigos e familiares ? Deixe uma mensagem para aqueles que estão lendo esta matéria.
Jackson Velasco : Eu gostaria de agradecer à FISIO GADE, uma clínica de fisioterapia desportiva, eles são os meus patrocinadores, e graças à eles puder fazer o meu tratamento do joelho sem nenhum custo, quero agradecer aos amigos Tiago, Marcos, Falcão e Thay, que são pessoas fantásticas e foram primordiais para a minha recuperação. Também quero agradecer ao mestre Totonho, Mestre Juliano, que me ajudam como podem, o Afrânio Barão, que também me ajuda bastante, o Laércio e Adriano Balby, que são os caras que estão sempre ali me ajudando e que me isentam de custos nos treinos, o que é uma ajuda fundamental na minha preparação para as lutas e, principalmente, quero agradecer à Deus, porque sem Deus eu não chegaria à lugar nenhum.
*Entrevista concedida ao colaborador Oriosvaldo Costa
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Foto : O guerreiro Jackson Velasco entra para lutar incentivado pelo parceiro de treinos Adriano Balby ( Cortesia : Acervo pessoal Jackson Velasco ).
quarta-feira, 14 de março de 2018
Entrevista com Adriano “The Rock” Balby : de Manaus para o mundo
Nascido no estado do Rio Grande do Norte, mas Amazonense de coração, o lutador Adriano Silvério Balby de Araújo, que é mais conhecido no mundo do MMA como Adriano “The Rock ” Balby, vivenciou todas as fases e transformações do esporte, desde a época que a modalidade ainda era conhecida como Vale Tudo.
Além de acumular lutas com ídolos de épocas distintas, ele também soma ao seu currículo a façanha de já ter lutado em 5 ( cinco ) categorias de pesos diferentes : 120, 110, 93, 84 e 77 Kgs.
Radicado em Manaus há 16 anos, o faixa preta de Jiu-Jitsu, faixa marrom de Luta Livre Esportiva e prajied preto de Muay Thai também mantêm filiais de sua academia em Campinas, Espirito Santo, Goiânia e até mesmo no Paquistão.
O atleta está em franca ascensão e no caminho certo para um sucesso cada vez maior.
Faltando pouco mais de um mês para uma das lutas mais importantes da sua vida quando irá enfrentar o ex-UFC e ex-Pride Akihiro Gono, entrevistamos Balby que nos falou sobre a sua preparação, além de outros assuntos curiosos.
A luta, que será realizada dia 29 de Abril terá lugar no Rebel Fighting Championship, uma das franquias de MMA mais conhecidas da China, e contará com transmissão ´AO VIVO ´ para China e Brasil.
Confira :
1)Conte-nos como foi o inicio da sua prática nas artes marciais ?
Adriano Balby : Eu era um garoto gordinho, vivia apanhando na rua, então minha mãe decidiu me levar a uma academia onde comecei treinando TaeKwonDo e depois Karatê. Não deu certo, pois tinha que fazer muito exercício ( risos ).
Foi então que, por acaso, eu resolvi assistir uma fita do Royce Gracie, onde me encantei com o Jiu-Jitsu e comecei a treinar as técnicas que vi nessa fita em casa, aprendi posições básicas como arm-lock, 100 kg, montada, triângulo, americana, etc ...
Emprestei um kimono e fui nas academias testar, eu não tinha muita técnica, só aquilo mesmo que assisti na fita, mas em compensação tinha muita força, gás e muita raça, prevalecia contra outros atletas na brutalidade.
Até que realmente entrei em uma academia de Jiu Jitsu em Porto Velho, capital do estado de Rondônia.
2) Fale-nos sobre a sua estreia no MMA ainda em 1998 e o porque de sua opção por esta modalidade ?
Adriano Balby : O Vale-Tudo estava em alta e eu sempre gostei de luta, mas era mole, medroso,eu não gostava de trocar porrada, tinha medo.Só que apesar disso, eu queria ser igual aqueles caras, os lutadores.
Mas como no bairro que eu morava apanhava muito, tinha no meu bairro as galeras e eles sempre me agrediram, me davam um cascudo, etc ... comecei a adotar uma postura de lutador quando comecei a treinar Jiu-Jitsu.
Eu não era tão bom no Jiu-Jitsu mas já estava aprendendo, na minha cidade sempre tinha eventos de MMA, na época ainda realizados sob o formato do Vale Tudo e eu fui lá e me inscrevi por conta própria.
Como não tinha equipe de MMA, inventei um nome de uma equipe, e me inscrevi no evento chamado Street Fighter, eram três lutas na noite para ser campeão nesse evento.
Na minha primeira luta levei um golpe e quebrei o nariz. Ainda com o nariz quebrado fui para cima do adversário e nocauteei ele. Ao descer do cage , uma galera que já lutava MMA me chamou para participar da equipe deles, pois gostaram da minha atuação. Foi assim que eu comecei a treinar na academia Dragon.
Foi aí que eu comecei realmente em uma equipe, não muito profissional , pois treinávamos, mas gostávamos de sair no final de semana pra curtir e principalmente brigar. Queríamos ser os donos da festa. Assim lutei O Gladiador e ganhei do Wellington Zarolho e perdi para o Iran Mascarenhas. Na época eu era faixa azul de jiu-jitsu e o Irã preta. Fizemos a final e pedi para ele. Eles sempre vinham de Manaus e ganhavam em Porto Velho. Foi então que eu comecei a me interessar a vir para Manaus para ficar melhor e aprender o Jiu-Jitsu deles.
3) Percebemos que essa sua primeira luta não está listada no Sherdog. Há alguma outra luta sua que não está listada naquele site ? Quantas lutas de MMA você já fez ao todo ?
Adriano Balby : Essas lutas dessa época não existia ainda o Sherdog. É difícil encontrar matérias da época, as filmagens são muito ruins , era fita de vídeo VHS, até hoje quero essa fita ( risos ) da luta em Porto Velho, Rondônia. Então fui para Rio Branco ( capital do estado do Acre ), Ji-Paraná ( um município do estado de Rondônia ) e os interiores de Porto Velho.
Creio que somando todas eu já fiz umas 21 lutas de MMA.
4) Na época o esporte ainda era chamado de Vale Tudo e sofria com o preconceito da sociedade. Como foi a reação dos seus amigos e familiares ao saberem de sua opção pela luta ?
Adriano Balby : Minha mãe não apoiava. Quando eu saía para lutar ela nem falava comigo. Os amigos se empolgavam , davam apoio, mas na minha família todo mundo dizia para não lutar. Minha mãe chegou a dizer que não seria mais minha mãe se eu fosse lutar. Eu disse para ela : a senhora é minha mãe e eu vou lutar ( risos ).
5) Em que cidades e estados da região norte do Brasil você lutou nesse período ?
Adriano Balby : As lutas eram sempre em Porto Velho, mas também no interior, principalmente Acre e Ji-Paraná.
6) Qual foi a sua luta mais importante até hoje ?
Adriano balby : Umas das lutas mais importantes foi contra Cristiano Ribeiro, na época campeão brasileiro e mundial de Jiu-Jitsu, ele era faixa preta e eu era faixa azul.
Eu já estava em Manaus, treinando com Sensei Fábio Anibal, onde nocauteei Cristiano e fiquei muito falado, pois as pessoas não entendiam como podia um faixa azul recém-chegado nocautear um Manauara, casca grossa, faixa preta e campeão mundial de Jiu-Jitsu.
7) E o adversário mais difícil, aquele que te marcou, a luta mais casca grossa ?
Adriano Balby : Para mim, a luta mais importante foi voltar a fazer um Kumitê, agora em 2017 vencendo o americano e o chinês depois de 19 anos que não lutava mais Kumitê.
Exatamente por isso que eu aceitei lutar em uma categoria que nunca havia lutado antes, a de77 kg e um Kumitê que havia lutado há muitos anos atrás para mim foi um grande desafio e eu gosto de desafios.
( Nota .: Kumitê é o termo usado no estado do Amazonas para designar as competições onde o atleta tem de fazer mais de uma luta na mesma noite. A adesão do termo também se deu por influência do filme : Bloodsport, conhecido no Brasil como o grande dragão branco e estrelado por Jean Claude Van Damme ).
8) Desde a sua estreia no esporte você já lutou em 5 ( cinco ) categorias de pesos diferentes : 120, 110, 93, 84 e 77 Kgs. Qual é o seu segredo ?
Adriano Balby : Quando eu comecei a lutar foi com 80 kgs e ficava nesse peso 80, 85 Kgs. Já em Manaus lutei de 100 kgs contra o Hulk, mas depois de algum tempo parei de treinar e me envolvi com drogas e fui morar nas ruas. Aí eu fui para 130 kgs. Nesse período de dois anos fiquei parado sem fazer nada.
O segredo para você pesar 130 kgs e baixar para lutar de 77 é querer e ter sonhos. É se desafiar. Se cobrar, é sempre colocar uma meta nova para você alcançar, para que você possa escrever uma nova história e deixar ela gravada, se você vence a si mesmo, você vence tudo.
9) Sua luta mais recente foi na categoria 77 Kgs e parece-nos que você planeja lutar também na categoria 70 Ks. Como é feito atualmente o seu treinamento e a sua alimentação com esse objetivo ?
Adriano Balby : Eu tenho acompanhamento médico, mas a minha dieta e a minha alimentação sou eu mesmo que faço, gosto muito de ler e estudar somente aprender o que é bom para mim. Hoje tem tudo na internet mas, infelizmente, muitos não se interessam ou gostam de esperar pelos outros.
De tanto fazer dietas e planos alimentares já conheço muito sobre alimentação.
Essa que faço agora, eu mesmo preparei e em menos de um mês já perdi 10 quilos de gordura e estou com muita massa magra, muito gás, bem-disposto e forte. Sempre digo que a alimentação é nosso combustível, tem que ser bom para funcionar.
Eu quero descer para a sexta categoria de peso, assim como na categoria de 77 diziam ser impossível, essa palavra me motiva e eu quero descer para 70 kgs.
Claro, vou fazer um trabalho com um nutrólogo, pois tenho a ossatura muito pesada e vou lutar agora dia 29 de Abril na 77 kgs. Já estou fazendo um trabalho bem adiantado para bater 77 e subir no máximo para 83. Planejo manter esse peso e depois focar para que em Agosto ou Setembro eu possa baixar para 70 kgs.
Eu divido meus treinos da seguinte forma : pela manhã eu faço treino aeróbico bem puxado, estilo Hit. Gosto muito de fazer escada na maior velocidade e meço meus batimentos cardíacos. Quando eles passam para uns 160 ou 170 eu paro, espero baixar alguns segundos e logo explodo de novo , faço isso durante 20 minutos.
Na parte da tarde eu treino MMA. Faço treinos programados, táticos e técnicos e o nosso ´sparring´ que é o melhor.
À noite faço Jiu-Jitsu.
10) Você também é obreiro da Igreja Universal do Reino de Deus ( IURD ) já fazem 10 anos. Conta pra gente sobre a sua vida religiosa e da importância de Deus e Jesus Cristo na sua vida ?
Adriano Balby : Eu cheguei na igreja quando mais ninguém acreditava em mim e todos haviam me abandonado, família e amigos, devido às drogas e fiquei morando nas ruas algum tempo.
Foi assim que eu cheguei, cheguei como muitos chegam, olhando para os maus testemunhos e estes existem em todo lugar.
Eu cheguei com um julgamento que eu ouvi falar, pois não conhecia, mas foi o único lugar que me recebeu como eu estava e cuidou de mim.
Aos poucos fui conhecendo mais e mais sobre Jesus, morei quase oito meses dentro da igreja e comecei a ter outra visão de tudo que eu imaginava.
Vi que realmente existe a Deus e pessoas de Deus naquele lugar. Fui ensinado dentro da palavra sempre aprendendo a focar em Jesus e em mais ninguém.
Os homens são falhos, mas Deus não, foi isso que eu fiz, só olhei para Deus e me libertei das drogas, da prostituição, das doenças e o vazio que eu sentia na tristeza e vontade de morrer sumiram e comecei a ter uma alegria renovada.
À princípio não entendia, mas depois eu entendi e então Deus curou minha filha, trouxe minha esposa de volta e poucos foi mudando tudo devido a minha entrega, obediência e fidelidade na palavra de Deus, não em homens. Deus foi fazendo maravilhas.
Eu sempre digo que o Senhor Jesus é o mais importante da minha vida e mostro isso no dia a dia, na prática da sua palavra e na obediência, além de ter uma grande gratidão, eu tenho um grande temor que é respeito à Deus, pois vi ele agir na minha vida e cada um tem sua experiência própria com Deus, sempre digo, e é fato, que nada para mim presta nesse mundo podre sem Jesus. Ele é o meu maior tesouro, depois a minha família, aí vem o resto.
Eu não queria mais lutar, eu queria me libertar, parar de sofrer, meu interior era vazio. Assim eu conheci a igreja e comecei a focar. Não mais na luta física, mas na luta espiritual.
Fiquei dois anos sem treinar e foi nessa época que me libertei e conheci Jesus Cristo. Fui transformado.
Antes eu era sempre convidado para lutar, mas para mim não podia, eu achava que era pecado e durante dois anos nunca perguntei ao pastor se podia.
Em um belo dia fiz essa pergunta ao pastor, questionando-o se lutar é um pecado e se eu poderia lutar.
Ele me disse que lutar não é pecado, é um esporte , pecado seria você usar sua arte marcial contra alguém indefeso, mas lá em cima são dois profissionais.
Daí em diante comecei a ter o desejo de voltar a fazer o que amava e voltei aa treinar Jiu-Jitsu.
Então fui chamado para lutar contra Francimar Bodão, que está no UFC e tínhamos apenas um mês, fechamos para a categoria 110 Kgs, eu aceitei e baixei 20 kgs em um mês.
Perdi a luta mas quis continuar e aumentei novamente de peso, só havia baixado para pesagem e fiquei lutando entre 115 e 110 Kgs. Lutei com Joel Tigre, lutei com Tanque e venci os dois.
Eu sempre treinava Jiu-Jitsu, mas o meu Sensei parou de dar aula de MMA e disse que eu procurasse um lugar para treinar. Foi aí que fui convidado para treinar com Adriano Martins e ali começou uma nova história, algo realmente profissional.
11) Enfrentou obstáculos dentro da igreja por ser lutador ?
Adriano Balby : Na Igreja Universal eu nunca enfrentei obstáculos nessa área e admiro a inteligência e a fé inteligente que é pregado na Igreja Universal. Muitas igrejas dizem que é pecado lutar( risos ). Mas onde está escrito?
Sempre fui apoiado a ser o melhor, seja qual for a área que eu escolher. Aqui na Universal nunca houve uma palavra de derrota, sempre me animando e me levantando obviamente.
Claro, hoje sigo a palavra de Deus e Deus não derruba ninguém, ele levanta.
A Bíblia diz que se o coração não me acusar, tenho confiança diante de Deus e o meu coração nunca me acusou em treinar e lutar pois é uma profissão.
12) Qual a sua expectativa sobre a sua próxima luta com o lendário Akihiro Gono no próximo dia 27 de Abril no REBEL FC 7, evento que será realizado na China ? Não custa lembrar que Akihiro Gono já lutou por organizações como UFC, Pride, Pancrase, Shooto, Deep, etc ... e esse confronto vai alavancar ainda mais a sua carreira.
Adriano Balby : Eu fiquei muito feliz quando soube que iria lutar contra esse adversário, que é uma lenda do MMA.
Eu estou pronto para vencer e estou na minha melhor forma, até melhor do que a luta anterior, quando fiz duas lutas em uma noite nesse mesmo evento ( REBEL FC ).
Não subestimo ele, mas pelo jogo dele que é mais chão, deu nocaute, creio que vou ser o campeão.
Trazendo para o lado espiritual, quem vai comigo é o próprio Deus, então não tem como eu perder.
13) Para finalizar, deixe uma mensagem para os nossos leitores ou ainda se você desejar agradecer à alguém, sejam estes seus mestres, parceiros de treinos, patrocinadores, familiares, amigos e fãs. Enfim, este espaço é seu.
Adriano Balby : A mensagem que eu deixo para os nossos leitores é :
Tudo na vida depende da gente. A vitória ou a derrota é culpa nossa. A história da nossa vida quem escreve somos nós, no nosso dia-a-dia, com atitudes, teremos um derrotado ou um campeão.
Sempre digo : nunca desista dos seus sonhos, pois eles vão chegar, se você perseverar, for determinado, tiver um alvo, e principalmente, se cobrar à cada dia e ser melhor e sempre que alcançar uma meta, traçar uma outra, mesmo que pareça impossível.
Use a dúvida de todos como energia para te motivar e nunca aceitar a palavra eu não consigo.
Quero muito sim, agradecer as pessoas que acreditam na gente e fazem um esforço mesmo não tendo muito, mas investem, enquanto empresas grandes e até o próprio estado não acredita.
Primeiro quero agradecer a minha esposa Janete Balby, que sempre está comigo, minha filha Leticia Balby, minha mãe Tereza Balby e minha irmã Andrea Balby.
Meu Sensei Fábio Aníbal, que quando cheguei em Manaus me orientou e me treinou, me preparando para as lutas. Ele foi um grande motivador na minha vida e tem sido até hoje.
Todos os meus alunos da academia BalbyTeam de Manaus, Goiânia, Porto Velho, Espírito Santo e até mesmo do Paquistão, onde também já estamos hoje.
E a cada um que torce por mim.
Sem esquecer, é claro, dos meus amigos e patrocinadores :
📍Hiroshi Homiya
📍Celio e Jessica da Academia Live
📍Beto da Samel
📍Thiago da Imperial Trade de Porto Velho
📍Rogerio do Laparrilla
📍Froes Peixaria
📍Dra Aline Vizioli
📍BodyShape Suplementos
📍Iran da Yuçana Alimentos
📍Magno do Sushi Samurai Negro
📍Ao Amigo Marcelo da RmCamisas
📍Academia Of MMA, minha equipe.
*Fonte / Créditos : colaborador : Oriosvaldo Costa
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Foto : Com 20 anos de carreira, Balby quer fazer história no MMA e parte mais uma vez para o octógono na China ( Cortesia : Arquivo pessoal Adriano Balby ).
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